Sempre foi um problema!Sou péssimo a desistir.
Acho sempre que é a tentar que as coisas acontecem, que é com o nosso esforço que podemos ter o que queremos. Sim, senti isso na pele porque muitas destas "coisas" (senão mesmo todas) foi assim que as conquistei na vida - A querer e a lutar sem NUNCA desistir.
Mas é uma virtude saber desistir.
Ver quando, claramente, se está a perder.
Uma das coisas que aprendemos no Póquer (jogo de cartas) é que quando jogamos um jogo e (mesmo sem ver quanto mostra o marcador, ou neste caso as cartas do adversário) sabemos que vai ser um jogo difícil de vencer (não impossível, mas a que custo?).
E cada vez acho mais que na vida (assim como no póquer) mais vale por vezes desistir (ou "largar" a mão) para que numa próxima possamos "recuperar" e tirar melhor partida da situação e assim acabar por vencer. Acho que é uma lição que todos acabamos por perceber, mas que infelizmente custa bastante a aceitar...sim, o tal problema da palavra orgulho! (e quem já foldou um "AA" sabe bem do que estou a falar..)
Fair play continua a ser aquele estrangeirismo que todos apreciam e ninguém tem.
Não me venham com a história do saber perder, porque quem sabe perder, não joga para ganhar: conforma-se!
Fair play é um "déjà vú" de algo que se deve fazer (porque é eticamente correcto), mas que nunca se faz (porque as emoções falam sempre mais alto!)Não me agrada sair derrotado e, ao contrário da Carolina Patrocínio, não faço batota apenas para não perder (mas já o fiz para puder ganhar - será que é a mesma coisa?!).
Mas sem dúvida que na minha consciência o "sabor" da vitória é bem diferente quando posso dizer a mim próprio: "Joguei limpo, fair & square"!