segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Os meus ÍDOLOS…

A propósito da recente morte do Raul Solnado, falava com uns amigos no café sobre o tema: Ídolos. Ouvia uma senhora, já dentro dos 70 e muitos que dizia que como aquele (Raúl Solnado) não havia nenhum e que nunca ninguém a tinha feito rir tanto como ele ("nem o Herman José", fez ela questão de frisar…). Infelizmente a minha opinião sobre este “mestre do humor” é pouca ou nenhuma, pois os tempos que identificam como “gloriosos” foram aqueles tempos em que nem sequer eu era nascido, logo o termo comparação ou apreciação é pouco ou nenhum…Mas tudo isto para dizer que foi daqui que surgiu o “rastilho” para a conversa sobre os "ídolos", apesar de para mim, ser uma palavra um bocado exagerada, pois parece-me forte demais para identificar alguém, pois idolatrar alguém é intenso demais para que se utilizasse esta palavra com tanta facilidade…No entanto mostrando o meu ponto de vista cheguei à conclusão que ídolos, ídolos...só tenho 2: José Fernando e Conceição de Jesus, normalmente denominados por…meus pais!
A razão é simples…orgulho-me de tudo o que já fizeram, orgulho-me de tudo aquilo que são, não ponho sequer em causa que serão os únicos (com a minha irmã incluída) que nunca me deixarão seja por que razão for e são com eles que posso sempre contar…isso para mim sim é idolatrar alguém…
Quanto ao “admirar” existem ¾ pessoas pelo qual nutro um grande respeito / admiração… o Dr. Eduardo Barroso (pessoa de um nível e inteligência extraordinária), Nuno Melo (o famoso “Tcharaaaaaaaam”, por tudo o que alcançou com o seu talento), João Paulo II (nem sequer sou católico praticante, mas este será sempre para mim o “verdadeiro papa”, pois é notável a forma como alguém pode utilizar o facto de ser poliglota para ajudar e unir nações) e Fernando Pessoa (inacreditável que alguém esquizofrénico - desculpem mas para mim é a úncia solução - conseguiu reunir a obra de tamanha dimensão…sim, porque Reis, Caeiro, Campos, são tão “perfeitos” que parecem mesmo existir e não ser fruto da imaginação de alguém)
E é aqui que se encontra para mim a diferença entre idolatrar e “apenas” admirar/respeitar…ÍDOLOS SÓ OS MEUS PAIS!!

P.S.- Se bem que também era bem capaz de admirar a Scarlett Johansson... =p

3 comentários:

  1. Um filho tão generoso. É bonito ler isto.
    Eu não sei que Idolos tenho... tenho de pensar no assunto.

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  2. Para mim, ídolos nem os heróis de banda desenhada. Tal como tu, acho a palavra ídolos muito forte, algo obsessiva até. Poderei admirar alguém mas idolatrar…não. Admiro os meus pais e a minha família. Admiro a minha filha, que é a minha maior e melhor realização. Gosto de mim, modéstia à parte. Defendo a ideia de que para gostarmos dos outros temos que primeiro gostar de nós mesmos. Só assim saberemos o que é o amor e o que significa partilhá-lo com alguém que valha mesmo a pena.
    Penso ainda que o uso abusivo da palavra “ídolos” por parte da sociedade conduz muitas vezes a comportamentos destrutivos por parte dos adolescentes, autênticas esponjas no que toca a absorver todo o tipo de influências. Refiro-me, por exemplo, a distúrbios do comportamento alimentar e ou a perturbações do comportamento…mas isto é um tema que daria pano para mangas!

    Beijo,

    Sofia

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